44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.
46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos.47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.
48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificaram a Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. 50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 97)
— Os confins do mundo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Os confins do mundo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Evangelho (Jo 14,7-14)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo+segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e
não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes:
‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai
e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim
mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.
11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade,
em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e
fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Que encontremos no Evangelho de Jesus a verdadeira alegria
Que
nenhum de nós perca a alegria, a intrepidez, a coragem e a ousadia de
anunciar o Evangelho por causa das incompreensões e das perseguições
deste mundo!
“Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo” (Atos dos Apóstolos 13, 52).
Eu queria convidar você a refletir sobre a primeira leitura da Santa Missa de hoje – no livro dos Atos dos Apóstolos – na qual vamos acompanhar o caminho
de Paulo e Barnabé para anunciar a Palavra de Deus, que é rejeitada por
muitos e aceita por alguns. Desse modo, você vai entender que aquilo
que aconteceu com Paulo e Barnabé é também o que acontece conosco nos
dias de hoje, porque, quando a cidade se reuniu para escutar a Palavra
de Deus, alguns naquela multidão ficaram cheios de inveja e, com
blasfêmias, se opunham a tudo que Paulo dizia. No entanto, ele e Barnabé
não perdiam a coragem, não perdiam a intrepidez e anunciavam com mais
sagacidade e com mais destemor a Palavra do Evangelho.
Mas, infelizmente, meus irmãos, muitos ali não aceitaram a pregação, e Paulo e Barnabé foram pregar aos pagãos e não ao povo judeu,
o povo para o qual ele fora enviado, em primeiro lugar, a pregar a
Palavra. De modo que os judeus daquela cidade influenciaram algumas
pessoas a perseguirem os dois apóstolos [Paulo e Barnabé] e a expulsarem
esses homens de Deus de sua cidade. E assim aconteceu, eles foram
expulsos de lá e não puderam mais anunciar a Palavra de Deus. Desse
modo, os apóstolos apenas sacudiram a poeira dos pés e foram para a
próxima cidade de Icônio.
O que mais nos causa admiração é que eles não ficaram depressivos,
tristes, com sentimentos de culpa, nem culparam a Deus por aquele
sofrimento, por aquela tristeza, aquela tragédia. Pelo contrário, esses
apóstolos eram tomados por um espírito de alegria, eles eram tomados
pela intrepidez do Espírito Santo e, quanto mais perseguidos eram, tanto
mais intrépidos ficavam; quanto mais perseguidos eram, mais cheios do
espírito de alegria ficavam. Porque eles sabiam que sofriam e que
passavam por todas aquelas coisas por causa do nome de Jesus. Sentiam
uma alegria inexplicável, humanamente sem condição de se dizer como é
que alguém pode ficar feliz por sofrer por causa de Jesus.
Sabem, meus irmãos, algumas pessoas talvez vão zombar de nós, vão nos
achar estranhos, vão, muitas vezes, se opor à nossa vida, ao nosso modo
de ser, até os de na nossa própria casa, no meio dos nossos familiares.
Os cristãos são tidos como alienados, exagerados, fora do mundo;
tudo isso são rótulos e adjetivos que nos devem encher de alegria,
devem nos dar a convicção de que andamos no caminho todas as vezes em
que formos dignos de sofrimentos por causa do nome de Jesus! Nós
participamos do mistério redentor de Sua cruz, nós damos a nossa
participação na redenção da humanidade.
Que nenhum de nós perca a intrepidez, que nenhum de nós perca a
coragem e a ousadia de anunciar o Evangelho por causa das incompreensões
e das perseguições deste mundo. Que tudo isso seja para nós motivo para
nos enchermos da santa alegria e do santo temor no Espírito de Deus!